quarta-feira, 23 de maio de 2012

E toda alegria postiça,
esse falso êxtase
a fantasia acomodada no momento fútil...
isso vai passar.
Diante da felicidade genuína
do mar lavando os pés e a maresia arranhando o rosto,
fez-se dissolvida a fotografia do momento de euforia,
fez-se morto o reino da ilusão fingida,
e posto o reino da ilusão espontânea e fugás,
que essa sim,
mora no âmago da vida,
e por mais efêmera que seja,
não passará jamais.

terça-feira, 15 de maio de 2012


com todos os meus ossos em farelos
uma brisa leve ruge e espalha o pó pela rua deserta
o som vazio das sombras ecoa no meu ouvido
e eu, peito aberto, suor nos olhos
aguardo o minuto surdo da hora incerta.
O último samba da noite acabou de tocar.