Há em cada um de nós um Imperador,
um Déspota sem luz
que não mata para não macular seus trajes de realeza
mas manda matar com uma precisão cirúrgica, num corte único e seco.
Há em nós o Déspota,
aquele que vê e consente
aquele que sente e desmente.
Que vira a face ao deparar-se com a injustiça,
pois a vida e morte alheia não lhes são caras
e não superam, em relevância social,
números e estatísticas.
Quanta tirania.
Aquele que isola-se no alto da torre tem as mãos tão ensaguentadas quanto as daquele que crava o punhal.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
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