Tal qual o soldado que da guerra torna
alma aos pedaços
em pequenos recortes opacos,
marcha o Homem,
cada vez menos Homem,
cada vez mais Fera.
Imune às dores do amor
incoercível frente aos rogos do coração,
segue ele, a passos de colosso,
rumo às trevas permanentes
desse mar sem vida,
somente escuridão.
Não há no Universo ser igual:
que do próprio irmão verte o sangue,
em profunda cólera;
e da terra que semeia
suga a alma e a devora,
à saciedade, como só ele é capaz.
O Homem. A Fera.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
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