terça-feira, 3 de setembro de 2013

as eras que passam,
mas são os minutos que corroem.
o infindável ruído do relógio pendurado à parede amarelada
a mim me parece como o sol que derrete em gotas inflamáveis
os segundos do dia
esparramados na mesa de jantar.
e eu, criatura estática
prostrado diante do caos silencioso que impera,
receio o embate contra o Tempo.
sou um desertor.
alheio-me desse corpo para me apossar da minha alma
tênue e opaca, a vagar por alguma cidade fantasma
tal qual o dono...

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