quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Deixarei perder-se em mim a tua sombra,
teus segredos em meio a neblina da minha alma.
Descansa em meu ombro.
Há um rei, que, solitário me reina.
Um rei sem súditos, um estranho sem cor.
Até que tu entraste.
Como uma força da natureza,com um ímpeto infantil e descontrolado...
Descansa em meu ombro.
Pois só a tua voz pode calar as vozes que gritam dentro de mim,
e querem romper o silêncio que a insônia me traz.
Tu que trazes nos olhos teu próprio silêncio,
aquele que precede a tragédia.
Descansa em meu ombro,
pois se não for em meu ombro, já não será mais.
Vejo em ti a aurora dos dias não vividos,
como se em meus sonhos, eu conseguisse prever tua vinda
e por alguns instantes,
o mundo todo em meus ombros descansa... feliz.

É isso aí, companheiro. E assim, nos primórdios da vida, Deus criou o amor. Num Big Ben, um insight que teve o nosso Senhor. Fez-se o amor, ainda tímido e acanhado pela juventude. O amor é como o equilibrista caminhando sobre a corda. O amor vive na linha tênue entre o êxtase absoluto da platéia e a tragédia da queda.


por Guilherme.

Um comentário:

  1. e depois do big ben. Deus, em meio de costelas, rins e tripas, inventou o Coração - instrumento que reverbera as notas e sinfonias do nosso grande amigo e maestro, o Amor.

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